segunda-feira, 29 de julho de 2024

Folgazã

 



Seus olhos

    portal de entrada dos meus anseios.

Suas vozes

    chamado d’água ao membro enrijecido.

Seus seios

     mamilos-flor, vento trouxe ao poço 

     dos meus desejos – dentes de leão.

Seu umbigo

    portal misterioso, escuro da noite, perdi-me.

    Sigro teu rio abdômen até a 

Sua sépala

    separa, esconde-revela enquanto

    continuo a navegar co’a nave língua

Suas coxas 

    quentes, carnudas, tesudas

    abertas em V onde singra mi’a língua

    rugosa-lisa até 

Sua flor de carne

    botão G exala seu cheiro 

    que m’enebria, enfurece

    com teus pelos entre dentes

    até penetrar-lhe, reviro-a

    de quatro no ato e puxo

Seus cabelos-crina

     enrosco-os no meu pulso firme

     vergo seu ofego ao meu rijo

     quente, dotado, pulsante

Concede-me a graça de lê-la.

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